segunda-feira, 21 de novembro de 2011

E O SOL NASCE...


Há ocasiões em nossa vida que as noites parecem intermináveis...
É assim quando todas as esperanças parece ter ido procurar refúgio em algum lugar, menos no nosso coração.
Não somamos nossas alegrias, como somamos nossos problemas.
Quando passamos por um caminho difícil, fazemos uma revisão do que vivemos e temos vivido e somamos as dores, que parecem crescer a cada lembrança.
Se, inversamente, fizéssemos o mesmo com nossos momentos de alegria, encontraríamos razões a mais para viver e forças suplementares para sobreviver aos impasses da vida.
Por mais longa que seja a noite, por mais lento que tenha sido o relógio e por mais dolorido que tenha estado nosso coração, o sol nasce novamente...
Pouco importa se no dia seguinte ele estará ainda encoberto por nuvens, ele não estará encoberto eternamente.
A certeza de que algo de bom e bonito existe nos faz guardar ainda acesa a chama dentro do coração.
Se o sol vai e volta, a lua some e reaparece, as marés baixam e sobe, não há razões para que na vida não demos a volta por cima.
A natureza é a prova viva de que tudo está em movimento sempre e nós fazemos parte dessa paisagem idealizada e plantada por Deus.
Tudo é passageiro, as alegrias vêem e vão, mas o sofrimento também, até mesmo aquele que se instala no mais profundo do nosso ser, ele também se acalma e deixa um lugarzinho para a doçura de viver.
Não podemos desistir de ser felizes enquanto sol não desistir de RENASCER.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vende-se Tudo – texto de Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza:
"só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir,"é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!
Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade.
São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Procura-Se...


Procura-se um amigo. Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta
ter um coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir o que as palavras não dizem. Tem
que gostar de poesia,de madrugada, de pássaros, das estrelas, do sol, da lua, do canto dos ventos e das
canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor alguém ou então sentir falta de não ter esse amo. Deve amar
o próximo, respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro,
nem que seja de todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perde-lo, e no
caso se assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem de ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir
pena das pessoas tristes, e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e
lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova ao ser chamado de
amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações da
infância.
Preciso de um amigo para não enlouquecer, para contar o que vi de belo e triste durante o
dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas de poças d’água e de caminhos molhados, de beira de estrada,
de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Preciso de um amigo que diga que vale a pena viver,
não porque a vida é bela, mas porque já tenho um amigo.
Preciso de um amigo para parar de chorar. Para não viver debruçado no passado em busca de
memórias perdidas.
Que bata nos ombros sorrindo e chorando, mas que me chame de amigo, para que eu tenha
consciência de que ainda vivo

Colcha de Retalhos


Senhor,
Outro dia fiz uma colcha de retalhos.
Todos os restinhos de pano que guardei iam servir.
Ao pegar cada pedaço recordava-me de pessoas,
acontecimentos...
Como se cada um tivesse sua história para contar.
Fui costurar.
Cores que á primeira vista no combinavam, padrões e
Desenhos totalmente diferentes, tudo se juntou.
A colcha ficou pronta. E como ficou bonita!
E fico pensando:
Tu criastes todos os seres diferentes. Ninguém é igual ao outro.
Nada de repetição, de monotonia.
E não são diferentes só fisicamente.
Todos pensam diferente, sentem diferente, agem diferente.
Um completa o outro. Um apoia o outro.
Que maravilha é uma “colcha” de tantos seres diferentes,
formando a
Humanidade.
Por que quero que todos sejam iguais, pensem iguais, sintam
iguais?
Eu sou um pedacinho no grande conjunto.
Embelezo sua criação de um determinado modo.
Outros realçam cores, outros padrões.
Importante é querer ser “costurado” aos outros retalhos e não
ficar
Isolado
Todos unidos na procura da união e da fraternidade, cada um do
seu modo,
Formam a grande colcha da unidade na pluriformidade.
OBRIGADO, SENHOR !

Os gansos voam em V Os gansos voam em V


Podemos aprender muito com os gansos selvagens. Quando um ganso
bate as asas, por exemplo, voando numa formação em V, cria um vácuo para a
ave seguinte passar, e o bando inteiro tem um desempenho 71% melhor do que se
voasse sozinho.
Sempre que um ganso sai da formação, sente subitamente a resistência
do ar por tentar voar sozinho e, rapidamente, volta para a formação, aproveitando
o vácuo da ave imediatamente à frente.
Quando um ganso líder se cansa, ele passa para trás e imediatamente
outro assume seu lugar, voando para a posição da ponta.
Na formação, os gansos que estão atrás grasnam para encorajar os da
frente a aumentar a velocidade.
Se um deles adoece, dois gansos abandonam a formação e seguem o
companheiro doente, para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja
apto a voar de novo ou venha a morrer. Só depois disso eles voltam ao
procedimento normal com outra formação ou vão atrás de outro bando.
A lição dos gansos:
Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade
podem atingir mais facilmente os objetivos.
Para atingir nossos objetivos, é necessário estar junto com aqueles que
se dirigem para onde queremos ir, dando e aceitando ajuda.
É preciso haver um revezamento na liderança e nas tarefas pesadas. As
pessoas, assim como os gansos, dependem umas das outras.
Precisamos assegurar que nosso grasnido seja encorajador para nossa
equipe e que a ajude a melhorar seu desempenho.
É preciso estar ao lado dos colegas também nos momentos difíceis.