domingo, 6 de junho de 2010

Minha Alma Se Deleita nas Escrituras - JULIE B. BECK




Caso ainda não tenham desenvolvido o hábito de estudar as escrituras diariamente, comecem agora e continuem a estudá-las.
Quando eu era recém-casada, pedi a minha sogra, que é uma excelente cozinheira, que me ensinasse a preparar seu delicioso pão-de-minuto. Com um brilho nos olhos ela respondeu que levara 25 anos para aprender a fazer um bom pãozinho! Então acrescentou: “É melhor que comece a fazê-los agora”. Segui seu conselho e agora comemos pães-de-minuto bem gostosos lá em casa.
Mais ou menos nessa época fui convidada a participar de um almoço, com todas as irmãs da Sociedade de Socorro de minha ala que haviam lido o Livro de Mórmon ou um livro com a história da Igreja resumida. Eu não lia as escrituras com consistência, então qualifiquei-me a participar do almoço por ler o livro de história, porque era mais fácil e rápido. Enquanto almoçava, senti com grande intensidade que, embora o livro de história fosse bom, eu deveria ter lido o Livro de Mórmon. O Espírito Santo inspirou-me a mudar meus hábitos de leitura. Naquele mesmo dia, comecei a ler o Livro de Mórmon diariamente e nunca mais parei de lê-lo. Embora não me considere uma perita, adoro ler as escrituras e sou grata por ter adquirido o hábito de lê-las permanentemente. Seria impossível aprender as lições contidas nas escrituras simplesmente lendo-as uma vez ou estudando versículos específicos em uma aula.
Saber preparar pães-de-minuto é uma excelente habilidade doméstica. Demonstro o amor que sinto por minha família ao compartilhar algo que eu criei. Quando estudo as escrituras, o Espírito do Senhor toma conta do meu lar. Ganho um entendimento importante, que então compartilho com a minha família e meu amor por eles aumenta. O Senhor nos disse que “[devemos] dedicar [nosso] tempo ao estudo das escrituras” (D&C 26:1) e que “o Livro de Mórmon e as santas escrituras são dadas (…) para [nossa] instrução”. (D&C 33:16) Toda mulher pode ser uma instrutora de doutrina do evangelho em seu lar e toda irmã da Igreja precisa ter conhecimento do evangelho como líder e como professora. Caso ainda não tenham desenvolvido o hábito de estudar as escrituras diariamente, comecem agora e continuem a estudá-las a fim de estarem preparadas para suas responsabilidades nesta vida e na eternidade.
Minhas tentativas iniciais de fazer pão-de-minuto e de ler as escrituras nem sempre foram bem-sucedidas, mas ficaram mais fáceis com o passar do tempo. Precisei aprender técnicas adequadas e saber utilizar os ingredientes corretos. A chave era praticar continuamente. Uma boa maneira de começar a estudar as escrituras é a de “[aplicá-las]” a nós mesmos. (Ver 1 Néfi 19:23.) Algumas pessoas começam escolhendo no Guia para Estudo das Escrituras, um assunto que precisam aprender. Ou lêem um livro de escritura desde o início e buscam ensinamentos específicos enquanto o fazem.
Por exemplo, quando fui chamada para servir como líder das Moças, comprei um novo jogo de escrituras e, à medida em que lia e marcava tais escrituras, eu procurava coisas que iriam ajudar-me nesse chamado. Às vezes coloco papéis coloridos em minhas escrituras, para acesso rápido a tópicos ou temas que esteja estudando. Tenho marcadores em minhas escrituras para muitos de meus versículos favoritos sobre arrependimento e Expiação, para encontrá-los facilmente enquanto pondero durante o sacramento a cada semana. Normalmente tomo nota do que estiver aprendendo. Algumas vezes deixo essas observações em minhas escrituras e outras vezes anoto em um caderno separado o que estiver aprendendo.
De vez em quando compro outra cópia do Livro de Mórmon. Quando começo a ler o novo livro, faço anotações nas margens para ter um registro do que estou aprendendo enquanto estudo. Para ajudar-me a lembrar do que estou aprendendo, faço linhas que conectam as idéias, marco versículos e sublinho palavras-chave. Quando encontro idéias que têm relação umas com as outras, faço uma lista de escrituras que ligam essas idéias. (Ver Ensino, Não Há Maior Chamado, 1999, pp. 58.) Gosto de pensar em minhas escrituras como sendo livros de exercícios; então, em determinadas ocasiões anoto em que lugar me encontro quando surge alguma idéia ou anoto o nome da pessoa que me ensinou. Dessa forma a experiência permanece viva em minha mente quando releio aquele trecho.
Muitos de vocês estudam outros idiomas. Talvez apreciem ler o Livro de Mórmon em outra língua. Ao lerem as escrituras em outro idioma, vocês aprendem o significado das palavras de uma nova maneira. Algumas pessoas começam a encontrar resposta a suas perguntas. Elas querem saber quem são e o que deveriam fazer a respeito de sua vida. Um amigo meu sugeriu que eu começasse a procurar as perguntas que o Senhor nos faz nas escrituras e ponderar a respeito delas. (Ver John S. Tanner, “Responding to the Lord’s Questions”, Ensign, abril de 2002, p. 26) Desde que descobri muitas perguntas importantes como: “Que desejas tu?” (1 Néfi 11:2) e “O que pensais vós do Cristo?” (Mateus 22:42) Tenho uma lista daquelas perguntas na contracapa das minhas escrituras. Com freqüência escolho uma delas para refletir, nos momentos tranqüilos, porque ponderar ilumina minha mente para que eu “[compreenda] as Escrituras”. (Lucas 24:45) Quando não estou com as escrituras por perto, começo meu estudo revisando os ensinamentos que memorizei. Ao recitar as Regras de Fé ou outros versículos para mim mesma, consigo mantê-los em meu banco de memória.
Seja qual for a maneira como alguém começa a estudar as escrituras, a chave para a revelação de conhecimentos importantes é continuar a estudar. Jamais me canso de descobrir os preciosos tesouros de verdade nas escrituras, porque elas ensinam com “(…) clareza, sim, tão claramente quanto o podem ser as palavras”. (2 Néfi 32:7) As escrituras testificam de Cristo. (Ver João 5:39.) Elas dizem todas as coisas que devemos fazer. (Ver 2 Néfi 32:3.) Elas “podem fazer-[nos sábios] para a salvação”. (II Timóteo 3:15)
Por meio da leitura das escrituras e da oração que acompanha meu estudo, adquiro um conhecimento que me traz paz e ajuda a manter minhas energias voltadas para as prioridades eternas. Por ter começado a ler as escrituras diariamente, aprendi a respeito de meu Pai Celestial, de Seu Filho Jesus Cristo e do que preciso fazer para tornar-me como Eles. Aprendi a respeito do Espírito Santo e de como ser digna de Sua companhia. Aprendi a respeito de minha identidade como filha de Deus. Essencialmente, aprendi quem sou, porque estou aqui na Terra e o que devo fazer a respeito da minha vida.
Quando jovem, o Profeta Joseph Smith tinha uma pergunta que o perturbava. Ele começou a ler as escrituras e encontrou a solução na Bíblia. (Ver Tiago 1:5.) Ele disse: “Jamais uma passagem de escritura penetrou com mais poder no coração de um homem do que essa, naquele momento, no meu”. Ele refletiu “repetidamente sobre ela”. (Joseph Smith—História 1:12) Porque Joseph praticou o que lera nas escrituras, ele aprendeu a respeito do Pai Celestial, de Seu Filho Jesus Cristo, do Espírito Santo e de sua identidade como filho de Deus. Joseph aprendeu quem era, por que estava aqui na Terra e o que precisava fazer nesta vida.
As escrituras são tão importantes que Néfi arriscou sua vida para obter uma cópia delas. Ele queria “ver e ouvir e conhecer”. (1 Néfi 10:17) Ele “[examinou (as escrituras) e viu] que eram de grande valor”. (1 Néfi 5:21). Nas escrituras ele aprendeu a respeito do que “o Senhor havia feito em outras terras entre os povos antigos”. (1 Néfi 19:22). Ele passou a estudá-las e aprendeu a respeito do Pai Celestial, de Seu Filho Jesus Cristo, do Espírito Santo e de sua identidade como filho de Deus. Aprendeu quem era e o que deveria fazer.
Tenho grande confiança nas jovens da Igreja. Através do hábito diário do estudo das escrituras, vocês serão “[levadas] a acreditar nas santas escrituras, sim, nas profecias dos santos profetas que estão escritas”. (Helamã 15:7) Vocês serão mães e líderes que ajudarão a preparar a próxima geração, tendo a compreensão e o testemunho do evangelho. Seus filhos serão homens e mulheres de fé, que continuarão a edificar o reino de Deus na Terra devido ao que vocês lhes ensinam por meio das escrituras.
Caso a leitura das escrituras ainda não seja um hábito para vocês, hoje é um ótimo dia para começar. Na realidade, não levarão 25 anos para aprender a fazer pães-de-minuto deliciosos. Eu só precisei de incentivo para começar. Pãezinhos caseiros trouxeram muito prazer a minha família. Mas a alegria maior veio do hábito, que iniciei há tantos anos, de ler as escrituras diariamente. Alguns dias tenho muito tempo para meditar sobre as escrituras. Outros dias reflito a respeito de uns poucos versículos. Assim como comer e respirar sustêm o meu corpo físico, as escrituras nutrem e dão vida ao meu espírito. Faço minhas as palavras de Néfi: “(…) minha alma se deleita nas escrituras e meu coração nelas medita (…). Eis que minha alma se deleita nas coisas do Senhor; e meu coração medita continuamente nas coisas que vi e ouvi”. (2 Néfi 4:15–16) Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Ele Conhece Vocês pelo Nome- Elaine S. Dalton

Talvez vocês não tenham ouvido o Senhor chamá-las pelo nome, mas Ele conhece cada uma de vocês e conhece o seu nome.
“Foi na manhã de um belo e claro dia, no início da primavera de 1820”, que Joseph Smith, aos quatorze anos de idade, foi ao bosque, ajoelhou-se em oração e “[viu] dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima [dele]”. Joseph disse: “Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!”1 Podem imaginar como Joseph Smith, com quatorze anos, deve ter-se sentido ao ver Deus o Pai e Seu Filho Jesus Cristo e ouvir o Pai Celestial chamá-lo pelo nome?
Quando visitei o Bosque Sagrado, tentei imaginar como teria sido estar no lugar de Joseph Smith. Naqueles momentos serenos, o Espírito sussurrou para meu coração palpitante que eu estava pisando em solo sagrado e que tudo o que o Profeta Joseph Smith dissera era verdade. Compreendi, então, que somos todos beneficiários da sua fé, coragem e firme desejo de obedecer a Deus. Ele recebeu uma resposta a sua humilde oração. Ele viu o Pai e Seu Filho Amado. Ali no Bosque Sagrado, eu soube que o Pai Celestial não apenas conhecia Joseph Smith pelo nome, mas também conhece cada uma de nós pelo nome. E assim como Joseph Smith tinha um importante papel a desempenhar nesta grande e maravilhosa obra, também temos um papel importante a desempenhar nestes últimos dias.
Vocês sabiam que o Pai Celestial as conhece pessoalmente — pelo nome? As escrituras nos ensinam que isso é verdade. Quando Enos foi até a floresta para orar, ele relatou: “E ouvi uma voz, dizendo: Enos, perdoados são os teus pecados e tu serás abençoado”.2 Moisés não apenas orou mas também conversou com Deus face a face, e Deus disse a Moisés: “E tenho uma obra para ti, Moisés, meu filho”.3 O Senhor sabia o nome de Jacó e mudou esse nome para Israel, de modo que expressasse melhor sua missão na Terra.4 Da mesma forma, mudou o nome de Paulo, Abraão e Sara. Em Doutrina e Convênios, seção 25, Emma Smith recebeu uma bênção de consolo e orientação para sua vida. O Senhor começa essa bênção dizendo: “Escuta a voz do Senhor teu Deus, enquanto me dirijo a ti, Emma Smith, minha filha”.5
Talvez vocês não tenham ouvido o Senhor chamá-las pelo nome, mas Ele conhece cada uma de vocês e conhece o seu nome. O Élder Neal A. Maxwell disse: “Testifico a vocês que Deus os conhece individualmente (...) há muito e muito tempo. (Ver D&C 93:23.) Ele os ama já há muito e muito tempo. Ele não apenas conhece o nome de todas as estrelas (ver Salmos 147:4; Isaías 40:26), mas conhece o seu nome e todas as suas dores e alegrias!”6
Como podemos saber que o Pai Celestial conhece o nosso nome e nossas necessidades? O Élder Robert D. Hales aconselhou: “Voltem-se para as escrituras. Ajoelhem-se em oração. Peçam com fé. Escutem os sussurros do Espírito Santo. (...) Vivam o evangelho com paciência e persistência”.7
Foi isso que Joseph fez. Seu testemunho ajuda-nos a saber que somos conhecidas e amadas por nosso Pai Celestial. Somos verdadeiramente filhas de um Pai Celestial que nos ama.8 O Élder Jeffrey R. Holland disse: “Nenhum de nós é menos amado ou menos querido por Deus do que outros. (...) Ele ama a cada um de nós — com nossas inseguranças, nossas ansiedades e nossa auto-imagem. (...) Ele vibra com todo corredor, alertando-os que a corrida é contra o pecado, não uns contra os outros”.9
Depois que Joseph Smith recebeu esse conhecimento, sua vida não ficou mais fácil. Na verdade, ele sofreu forte pressão dos jovens de sua idade e dos adultos. A história de Joseph Smith estabelece um importante padrão para cada uma de nós. Podemos aplicar seus ensinamentos quando não soubermos o que fazer, quando enfrentarmos a pressão de jovens da nossa idade, quando nos sentirmos cercadas por tentações ou nos sentirmos indignas ou solitárias. Podemos orar! Podemos clamar a Deus em nome de Seu Santo Filho Jesus Cristo e buscar consolo, orientação e direção. Vocês já tiveram um problema e ficaram sem saber o que fazer? Joseph disse: “Minha mente foi levada a sérias reflexões e grande inquietação. (...) Muitas vezes disse a mim mesmo: Que deve ser feito?”10
Como foi que Joseph recebeu consolo e orientação? Ele estudou as escrituras, ponderou suas promessas e então “[resolveu] ‘pedir a Deus’”.11 A resposta que recebeu naquela bela manhã de primavera mudou sua vida e seu rumo. Ele soube. Ele adquiriu um testemunho de Deus e Jesus Cristo, e seu testemunho permitiu que ele vivesse o evangelho com paciência e persistência. Não foi impedido pela pressão de seus companheiros ou pela perseguição, pois, como dizem suas próprias palavras: “eu tivera uma visão; eu sabia-o e sabia que Deus o sabia e não podia negá-la”.12 Ele pôde permanecer firme por causa do testemunho que tinha. E vocês podem fazer o mesmo.
Se vocês já se sentiram pressionadas por outros jovens de sua idade, orem, peçam com fé e escutem aos sussurros do Espírito Santo. Depois disso, vivam o evangelho. Joseph teve uma percepção muito forte de suas imperfeições e fraquezas. Novamente, ele orou. Em resposta a sua oração, foi visitado pelo anjo Morôni. Joseph contou: “Chamou-me pelo nome e disse-me (...) que Deus tinha uma obra a ser executada por mim”.13
Se orarmos, o Senhor nos guiará e nos preparará para cumprirmos nosso papel. Em certo verão, quando viajávamos pela Europa com o grupo de danças folclóricas internacionais da BYU, aprendi uma importante lição. Eu estava doente e fiquei desanimada. Queria desistir e voltar para casa. Estávamos na Escócia para apresentarmos nosso espetáculo para membros, pesquisadores e missionários. Fomos até a casa da missão para fazer uma oração. Quando entramos, vi uma pedra no jardim em frente à casa. Naquela pedra estava gravada esta inscrição: “Seja você quem for, desempenhe bem a sua parte”. Essa mensagem foi como um choque elétrico em meu coração. Senti que aquela pedra estava falando para mim. A mensagem mudou-me. Soube naquele momento que eu tinha um papel importante a desempenhar, não apenas naquela turnê com o grupo de danças, mas durante toda a minha vida, e que era muito importante que eu “desempenhasse bem” a minha parte.14
O que o Senhor espera que façamos? Ele espera que desempenhemos nosso papel nas cenas finais que precedem Sua vinda. Espera que nos provemos dignas de voltar a viver com Ele. Espera que nos tornemos semelhantes a Ele. Sigam o exemplo de Joseph. Gosto muito da letra do hino que o coro acabou de cantar: “Ele sabe que o Eterno guiará os passos seus”.15 Isso mostra que Joseph era inabalável em propósito e tinha coragem e determinação. Joseph descreveu-se como um “perturbador” do reino do adversário. Ele disse: “Parece que o adversário sabia (...) que eu estava destinado a ser um perturbador e um importunador de seu reino”.16 Escrevi na margem de minhas escrituras: “seja uma perturbadora!” Confiem nos cuidados de seu Pai Celestial.
Cada uma de nós desempenhará um papel importante se seguirmos o exemplo dado por Joseph Smith. O Senhor fortaleceu Joseph Smith para a missão divina dele. E fortalecerá vocês para a sua. Pode ser que Ele até envie Seus santos anjos para instruí-las. Agora, o desafio é este: Será que vocês estarão em um lugar em que os anjos possam entrar? Estarão suficientemente serenas para escutar? Serão corajosas e confiantes?
Estamos vivendo em uma época em que a plenitude do evangelho foi restaurada na Terra por intermédio do profeta do Senhor, Joseph Smith. Estamos vivendo em uma época em que temos o Livro de Mórmon para guiar-nos. Estamos vivendo em uma época em que temos um profeta vivo, o poder do sacerdócio na Terra e o poder selador para unir as famílias para a eternidade nos templos sagrados. Estes são, verdadeiramente, dias “inolvidáveis”!17
É minha oração que sejamos firmes em nossa fé, que sigamos o padrão estabelecido por Joseph Smith para adquirirmos um testemunho. Também oro para que cada uma de nós represente dignamente o Salvador ao tomar sobre si o nome do Dele. Ele prometeu: “Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face (...) assim também há de estar (...) o vosso nome”.18
Meu testemunho do evangelho restaurado de Jesus Cristo tem sido um guia e uma âncora em minha vida. Sinto-me grata por estar hoje aqui diante de vocês e poder dizer com toda a energia de meu coração: “Graças damos, ó Deus, por um profeta”.19 Sinto-me muito grata pela integridade de um rapaz de quatorze anos que orou pedindo resposta a sua dúvida e depois permaneceu fiel ao conhecimento que recebeu.
Cada uma de vocês tem um papel a desempenhar nesta grande e maravilhosa obra. O Salvador irá ajudá-las. Ele as conduzirá pela mão.20 Ele as conhece pelo nome. Presto testemunho disso, no sagrado nome de Jesus Cristo. Amém.


PARA QUE NÃO SE PERCAM E NEM SEJAM ESQUECIDAS!!

Quando Joseph obteve as placas, o anjo o instruiu a levá-las de volta ao monte Cumorah, o que ele fez. Oliver diz que quando Joseph e ele foram até lá, o monte abriu-se e eles entraram numa caverna, onde havia um quarto largo e espaçoso. Ele diz que, na ocasião, não pensou se a luz que ali havia era do sol ou artificial, mas que era exatamente como a luz do dia. Depositaram as placas sobre uma mesa grande que lá estava. Sob a mesa havia uma pilha de placas com cerca de setenta centímetros de altura; e nesse quarto havia, juntas, mais placas do que talvez a carga de muitos vagões; estavam empilhadas nos cantos e ao longo das paredes. A primeira vez que foram lá a espada de Labão estava pendurada na parede; entretanto, quando voltaram, havia sido tirada e posta sobre a mesa, em cima das placas de ouro; estava desembainhada, e tinha as seguintes palavras escritas: “Esta espada nunca mais será embainhada até que os reinos deste mundo se tornem o reino de nosso Deus e seu Cristo.” Conto-lhes esse fato não como vindo apenas de Oliver Cowdery, ma também de outros que tinham conhecimento, e que o compreendiam tão bem como nós o compreendemos ao vir a esta reunião desfrutar este dia, e quando nos separarmos, e formos embora, esquecendo-nos da maior parte do que foi dito, lembrando-nos apenas de umas poucas coisas. E assim é com outras circunstâncias da vida. Conto-lhes esse fato, e quero que o compreendam. Tomo a liberdade de contar-lhes estas coisas com o propósito de que não se percam nem sejam esquecidas.
(Brigham Young em Journal of Discourses, 26 volumes – London: Latterday Saints´
Book Depot, 1854-86 – 19:38)