segunda-feira, 14 de maio de 2012

Gostaria imensamente que essas três perguntas fossem colocada em prática, quando vierem a mim....pense nisso!!



Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Este, fugia rápido, com medo da feroz predadora, e a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada… No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse a serpente:
- Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente a ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar…
- Pertenço a sua cadeia alimentar ?
- Não.
- Eu te fiz algum mal ?
- Não
- Então, por que você quer acabar comigo ?
- Porque não suporto ver você brilhar…

“Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.”

Para Refletir!! muito bom...


Mãe, eu não sabia

Mãe, houve uma fase em minha vida em que eu a olhava
como alguém que poderia atrasar o ritmo dos meus passos,
impondo-me limites e disciplinas que eu ainda não sabia
entender e - menos ainda - compreender.
Naquele tempo eu estava muito "verde" para isso.

Quando você tentava se fazer ouvir, eu só conseguia
enxergá-la como um farol vermelho impedindo-me de
ir mais rapidamente pelos cruzamentos das avenidas
da vida - coisas que só hoje venho conseguindo ver.

Sabe, mãe?
Este mundo, onde tantas vezes não encontrei apoio,
não era capaz de suportar a minha imaturidade, a minha
ira ou o meu ódio contra tudo e contra todos.
Só mãe é capaz disso e, apenas por isso, eu
responsabilizava você por tudo que me contrariava.
Hoje sei que só eu era o responsável.

Quantas vezes eu me recusei a aceitar seus carinhos!
Eu me achava já "grande demais" para isso.
Só agora eu percebo o quanto perdi.

Naquele tempo eu não era capaz de notar que você
renunciava a si mesma para pôr-me em primeiro lugar.
Eu não percebia do quanto você se privava para que
nada me faltasse. Suas lágrimas, sempre escondidas,
hoje se fazem perceber nas marcas do seu rosto.
Sei que nessas marcas há muito de mim, Mãe.

Quando eu dormia, lembro que uma Paz
imensa tomava meus sonhos e meu espírito.
Agora sinto que era você orando por mim,
à beira da minha cama, silenciosamente, para
não me acordar, para não me incomodar,
para eu não me zangar com você.

Sei que no seu coração não são guardados rancores
nem mágoas, pois você é minha Mãe, meu Anjo
Guardião em corpo presente.
É isso!
Mães são Anjos Guardiões em forma humana!

Ah, se eu pudesse fazer voltarem os ponteiros de
todos os relógios, se eu pudesse dar uma marcha
a ré para o passado, eu seria tão diferente!
O sentimento de gratidão que hoje me invade faria
com que tudo acontecesse de outra forma.

O que mais posso dar-lhe agora é a expressão de
toda a minha alegria por você ainda estar aqui e
por ter a abençoada chance de poder dizer-lhe:
Mãe, amo você mais do que a tudo neste mundo!

Não lhe peço perdão porque sei que você nem
se lembra do que teria para perdoar.
Mãe é assim e eu não sabia.

Por favor, abrace-me com a força que SÓ você tem
e de que tanto preciso para minha jornada nesta vida.

Naquele tempo eu não sabia, Mãe

domingo, 13 de maio de 2012

Carta escrita no ano 2070

Estamos no ano 2070 e acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por  cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora devemos raspar a cabeça para  mantê-la limpa sem água.
Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais  podia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas,  já  que não temos a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastro-intestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos parece como se tivesse 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio também está degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.
O governo já nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. As pessoas que não pode pagar são retiradas das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.
Em alguns países existem manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água é agora um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui já não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da industria  contaminante do século XX. Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e  ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, a chuva, as flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o quão saudável que as pessoas eram.
Ela pergunta-me: "Papai, porque acabou a água?" Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que destruiu o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.